terça-feira, 20 de agosto de 2019

A enjeitada de Camilo Castelo Branco

Publicada por A.Mendes



Sande em Camilo Castelo Branco

Poucos saberão, mas Sande está imortalizada na literatura do grande escritor Camilo Castelo Branco. Mais precisamente na novela «A enjeitada», ou «engeitada» como se escrevia na época(o livro foi editado em 1866). Parte do enredo decorre no Largo das Gaias, ainda hoje conhecido por esse nome.

«Ouviu ella grande algazarra de rapazio e sahiu á
porta. Viu um arlequim com duas mocinhas vesti,
das de escarlate e borzeguins amarellos, caminhan-
do para o largo das Gaias.»


Leia «A enjeitada» seguindo esta ligação

O Romance a Enjeitada pode ler-se na página de abertura deste Blogg na secção História, Cultura e Património aconselho a sua leitura pois é deveras interessante para quem é natural de Sande e dos leitores em geral. 

1 comentário:

Américo Lopes disse...

Li por estes últimos dias o livro "A Enjeitada" do grande escritor Camilo Castelo Branco, obra emprestada pelo autor deste blogue, António Mendes, e que não consigo encontrar em qualquer livraria ou site de vendas. É, de veras, uma obra interessantíssima que, pelo menos, todos os Sandinenses devem ler. Um romance meio trágico, que retrata a história de uma enjeitada de Guimarães que deveria ir para a roda, mas por instruções da mãe, foi entregue a uma ama, Luiza das Gaias, que vivia nas Gaias, São Martinho de Sande, e por aí esteve até aos 7 anos de idade. Com um grupo de saltimbancos, que por lá passou, foi para Espanha onde se tornou uma bailarina famosa, e depois para França onde, sem que ninguém desconfiasse, acabou por viver cerca de 10 anos com aquele que era seu pai biológico e com dois irmãos filhos de outra mãe. Depois de alguns anos, regressou a Portugal, procurou e encontrou Luísa das Gaias na mesma casa onde juntas tinham vivido. Estava ainda mais pobre que antes. Deu-lhe bastante dinheiro, e, em seu nome comprou a casa que foi de sua mãe, onde encontrou ainda alguma correspondência e objetos que a levaram a concluir ser filha da antiga proprietária e do homem com cuja família viveu em França. Voltou a França com sua ama, Luíza das Gaias, e foi procurar o Alfredo Gassiot, a quem contou a descoberta que tinha feito. Não mais se separaram, unidos em família.

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